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A importância da educação financeira

Updated: Apr 17

Quando se constrói uma casa, primeiramente faz-se a terraplanagem, cujo objetivo é preparar o terreno para que tenha condições de oferecer segurança à construção de uma casa ou de qualquer edificação. Conhecer as próprias finanças proporciona ao indivíduo a base necessária para começar a investir no mercado financeiro.


A educação financeira exige muita disciplina. Um bom começo pode ser criar o hábito de anotar os gastos, as despesas e o quanto se ganha mensalmente, separando os custos fixos e variáveis. Assim, a pessoa terá um panorama das suas finanças e poderá identificar os gastos e as despesas que poderão ser revisadas. É importante também fazer uma lista com todas as dívidas pendentes e buscar formas de renegociá-las através de programas como o "Desenrola" do Governo Federal, que será lançado em breve, além de outros oferecidos por algumas empresas.


Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cerca de 77,9% das famílias brasileiras encontravam-se endividadas em 2022. Além dos aspectos socioeconômicos (como desemprego, baixos salários ou perda do poder de compra), esses números demonstram o quanto a educação financeira poderá auxiliar a adquirir uma visão de consumo mais consciente e também ensinar a usar cartão de crédito, financiamentos, cheque especial, empréstimos e outras linhas de créditos quando for necessário. Consequentemente, essas famílias poderão fazer planejamentos e estabelecer objetivos, como reformar a casa, comprar um carro ou fazer uma viagem.


Outro benefício da educação financeira será a previsibilidade das suas finanças. Saber o quanto gasta e o quanto recebe permitirá estabelecer estratégias para cortar os gastos desnecessários. Saber qual é o seu "salário ideal", ou seja, o quanto você precisa para cobrir seus custos e separar uma parte para fazer investimentos mensalmente, permitindo assim, usufruir positivamente dos juros.


Podemos citar vantagens psicológicas da educação financeira. A economia comportamental (um campo de estudo que engloba teoria econômica, neurociência e psicologia) aponta que ter uma vida financeira equilibrada permite tomar decisões de forma mais racional, permitindo, desta forma, ter uma autoestima maior.


Portanto, antes de querer começar a investir é essencial ter uma boa educação financeira, buscar conhecer a sua rotina financeira, saber os gastos necessários e os supérfluos, procurar caminhos para aumentar a renda, planejar objetivos e sonhos. A educação financeira deve ser um hábito que, com o tempo, virará uma rotina e que com certeza gerará benefícios para o futuro, tornando-a apto a ingressar para o mundo dos investimentos.



Autor:


Renan Barbosa Neves, acadêmico de Ciências Econômicas da UFAM.




Editora Assistente e Revisora:


Marian de Assis Andrade, acadêmica de Ciências Econômicas da UEA.




Sob supervisão do economista:


Aldemir de Carvalho Caetano Junior

Conselheiro do CORECON-AM, Registro 3.128

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